segunda-feira, 30 de junho de 2014

Aparelho e Acessórios do Bisturi Elétrico


Bisturi Elétrico

Olá,

Como o ultimo post foi sobre lâmina e bisturi, hoje vou falar do bisturi elétrico, que também é chamado de Cautério. O bisturi elétrico possui três funções: eletrocoagulação (coagular), eletrodissecção (cortar) e fulguração (coagulação superficial para remover manchas e pequenas lesões).
Existem duas versões, a monopolar e a bipolar.
É necessário que o cliente esteja usando uma placa dispersiva que pode ser descartável ou de metal. A placa recebe os elétrons que percorreram o corpo do cliente, assim não ocorre nenhuma queimadura.
Para o uso do bisturi elétrico alguns cuidados devem ser observados, o cliente não pode estar com cabelos molhados, nem, portanto nenhum objeto de metal no corpo, também não pode encostar-se à parte de metal da mesa, no caso de procedimentos ambulatoriais o cliente não pode estar com roupa íntima que contenha nylon na composição.
O bisturi elétrico é utilizado em praticamente todos os procedimentos.

Ah! e quando o instrumentador for realizar o curativo o bisturi elétrico deve estar desligado, pois há risco de queimadura no cliente.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Bisturi Descartável


Lâminas


Cabo 3 e 4



Bisturi (cabos e lâminas)


Olá pessoal, hoje vou falar sobre cabos e lâminas de bisturi. Podem ser descartáveis, onde já vem montados, o que facilita nosso trabalho e não precisa desmontar ao desprezar. Já os que são reutilizáveis (estou falando do cabo somente, pois a lâmina é descartável), devem ser montados na técnica para que não ocorra nenhum acidente. É necessário montar com um porta agulha (sem wídea) a lâmina no cabo.
Os mais utilizados são os cabo de n º 3 e 4, já as lâminas as mais utilizadas são as de nº 11, 15, 22 e 24.
Instrumental Cirúrgico do séc. XVI

Livro que relata a Guerra na Itália (Batalha de Solferino) onde Henry Dunant incia o legado em Instrumentação Cirúrgica.



terça-feira, 17 de junho de 2014

Atuação do Instrumentador Cirúrgico

O instrumentador cirúrgico poderá desenvolver as seguintes atividades:

  • Instrumentar para quaisquer tipos de intervenções cirúrgicas, sem a necessidade de possuir especialização (a não ser por exigência da parte contratante);

  • Instrumentar em pequenos procedimentos em clínicas e ambulatórios;

  • Como freelancer ou com registro pelo hospital ou clínica;

  • Atuar como representante comercial de produtos médico/hospitalares;

  • Como instrumentador de material consignado de diversas especialidades;

  • Lecionar quando também possuir curso superior na área da saúde.



Atribuições do Instrumentador Cirúrgico


Hoje vou falar das atribuições do Instrumentador, talvez você pense... Ah, isso é muito simples, quando o cirurgião pedir a pinça, eu pego na mesa e passo pra ele certo? Mas não é bem assim.
Claro que você precisa saber qual a pinça e onde ela está localizada      na mesa, mas isso é só um detalhe...
São várias as atribuições do IC além de montar a mesa, como conferir os materiais antes da cirurgia, fazer antissepsia, delimitar a área operatória com os campos, atuar como segundo auxiliar quando necessário, fazer curativo, dentre inúmeras outras atribuições. Não basta saber que precisa fazer algo, vc precisa ENTENDER o que está fazendo, certo?
Essas são as principais:

1º quando for a primeira visita ao centro cirúrgico, se apresentar ao enfermeiro (a).
2º perguntar ao cirurgião com antecedência quais materiais serão utilizados, como fios e drenos.
3º verificar se tudo para a cirurgia está em ordem.
4º usar paramentação não estéril e estéril e fazer escovação das mãos e antebraços.
5º manter técnica asséptica do inicio ao termino da cirurgia.
6º montar a mesa e passar as pinças da forma correta.
7º Conservar o campo operatório sempre limpo e organizado.
8º separar materiais perfurantes e cortantes.
9º ser responsável pelas peças de cultura e anatomia patológica.
10º conferir compressas cirúrgicas.
11º realizar curativo.
12º conhecer as pinças pelo nome, bem como sua função.
13º ser responsável pela mesa cirúrgica.
14º adiantar todos os materiais necessários como fios, drenos, etc.
15º sincronizar tempo com o cirurgião e demais membros da equipe.
16º ser ético em todas as situações.



        

Como surgiu a Instrumentação Cirúrgica


A instrumentação cirúrgica é um curso livre em que o profissional tem a função de ajudar o cirurgião no ato cirúrgico, que abrange desde a preparação dos instrumentos,  a instrumentação propriamente dita, auxiliar como primeiro ou demais auxiliares e em casos específicos, preparar o material na central de material (CME), em empresas de instrumentação consignada e como represente comercial.
         A instrumentação cirúrgica nasceu no Século XX, que foi o período de maior crescimento nas cirurgias e conseqüentemente do papel do instrumentador cirúrgico. Com esse crescimento tornou-se necessário profissionais mais qualificados. Surgindo assim, escolas formadoras desses profissionais. Surgindo nesta época escolas de técnicos em instrumental cirúrgicos em Nice na França, datado em 1954. Por esse motivo que grande parte dos nomes de instrumentais cirúrgicos tem origem francesa. Essas escolas tinham como objetivo preparar os profissionais para a evolução cirúrgica, isto é, tempo cirúrgico e materiais para cada especialidade, dentre outras atividades cirúrgicas. No campo da medicina, a cirurgia da forma como acontece hoje, é considerado um feito moderno, podendo dizer assim, o porquê de não existirem relatos oficiais anteriores.

Quem foi Henry Dunant


Jean Henry Dunant nasceu em Genebra na Suíça em 8 de maio de 1828, faleceu em 30 de outubro de 1910 com 82 anos. Foi humanitarista e um dos fundadores da cruz vermelha, ganhou o prêmio Nobel da paz em 1901. Era de família muito rica e influente, porém religiosa. Sua mãe atuava na caridade para pobres e doentes e seu pai era representante do conselho legislativo em Genebra e cuidava de órfãos e exclusos da sociedade. Seu avô materno era prefeito de Avully  e chefe do hospital de Genebra. Sua família possuia grande influência na cidade e estavam engajados na vida política e social. Inicialmente, era um homem de negócios e enfrentando problemas com exploração de terras, e na tentativa de solucionar tais problemas, decidiu dirigir-se pessoalmente ao imperador francês Napoleão III, que na época encontrava-se na Itália, dirigindo o exército francês que juntamente com os italianos tentava expulsar os austríacos do território italiano ( batalha de Solferino, guerra da independência Italiana em 1859). Ao presenciar o sofrimento na frente de combate na batalha de Solferino, Henry Dunant organizou de imediato um serviço de primeiro socorros, ajudando em procedimentos cirúrgicos para mais de 38 mil soldados. Voltando da guerra em 1862, publicou um livro chamado “Un souvenir de Solferino”, relatando o ocorrido da guerra, o livro teve grande repercussão, surgindo a partir de então, a criação de grupos nacionais de ajuda para apoiar feridos em situações de guerra, e que propunha a criação de uma organização internacional que permitisse melhorar a vida e postar auxílio as vítimas das guerras, surge então a Cruz Vermelha. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é o membro fundador do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. A organização foi fundada em Genebra, Suíça, em 1863, onde até os dias atuais está sediada. Tendo começado como uma pequena organização de assistência a soldados feridos, o Comitê Internacional é atualmente uma das organizações mais respeitadas do mundo, tendo exercido um importante papel no desenvolvimento da proteção à dignidade humana desde sua criação. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é o corpo do Movimento Internacional mais honrado, tendo sido premiado três vezes com o Prêmio Nobel da Paz (em 1917, 1944, e 1963) por seus trabalhos.



Tempo Cirúrgico


Tempo cirúrgico é o tempo do início até o termino da cirurgia, caracterizado por seis tempos, que são:
Diérese: é o nome dado ao processo de divisão dos tecidos que possibilita o acesso a região a ser operada. A diérese é o ato de separar os tecidos com fins operatórios. Existe  dois tipos de diérese, a incisão e a divulsão.
 Incisão: ato de separar os tecidos com corte.
 Divulsão: ato de separar os tecidos sem corte. Consiste na primeira etapa da cirurgia.É a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma intervenção manual ou instrumental no corpo do cliente.
Hemostasia: é o tempo cirúrgico que tem por finalidade coibir ou impedir a hemorragia sem causar traumatismo aos tecidos.
 É o segundo tempo cirúrgico, após a incisão, o primeiro evento é o sangramento de vasos superficiais, e para corrigir esse sangramento é realizado o estancamento desse sangramento, chamado de hemostasia.

Separação: É o terceiro tempo cirúrgico, caracterizado pela separação das estruturas anatômicas, até chegar ao órgão em questão.

Preensão: É o quarto tempo cirúrgico, onde o cirurgião prende o órgão a ser retirado ou tratado.

Exerese: É o quinto tempo cirúrgico, onde o órgão em questão é retirado, a finalidade da cirurgia.

 Síntese: É o sexto e último tempo cirúrgico, onde todas as estruturas seccionadas serão suturadas, onde ocorre a revisão da hemostasia, conferência das compressas e fios de sutura.


O código de Ética


Art. 1º. - O Instrumentador Cirúrgico defenderá com todas as suas forças e em todas as circunstâncias o direito fundamental da vida humana.
Art. 2º. - O Instrumentador Cirúrgico dedicará atenção especial ao doente, independente de raça, nacionalidade e religião.
Art. 3º. - O Instrumentador Cirúrgico procurará familiarizar-se com os vários aspectos organizacionais e administrativos do hospital e com dinâmica do bloco operatório, objetivando uma integração adequada no seu ambiente de trabalho.
Art. 4º. - O Instrumentador Cirúrgico, ciente de que o desempenho de sua função requer formação aprimorada, procurará ampliar e atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e do desenvolvimento da própria profissão.
Art. 5º. - O Instrumentador Cirúrgico executará com rigor as orientações do cirurgião, com vistas ao pleno sucesso do ato cirúrgico.
Art. 6º. - O Instrumentador Cirúrgico, não abandonará o paciente em meio ao ato operatório sem causa justa e sem garantia de solução de continuidade de sua atividade.
Art. 7º. - O Instrumentador Cirúrgico negará sua participação em pesquisas que violem os direitos inalienáveis da pessoa humana.
Art. 8º. - O Instrumentador Cirúrgico procurará manter relações cordiais, espírito de colaboração e integração com todos os membros da equipe cirúrgica.
Art. 9º. - O Instrumentador Cirúrgico guardará segredo sobre fatos que tenha conhecimento no exercício de sua profissão.
Art. 10º. - O Instrumentador Cirúrgico fará valer seu direito, à remuneração compatível  com o trabalho realizado e com dignidade.



A Ética para o Instrumentador Cirúrgico


Definição:

É o conjunto de normas morais que visam definir o comportamento do indivíduo dentro da profissão que ele exerce.
É uma parte da filosofia que estuda os valores morais que se deve observar no exercício de uma profissão. É a ciência do dever.
Para o instrumentador, a ética é de suma importância, tornando-se um dever diário de bom relacionamento, comportamento exemplar, atitudes corretas e de elevada moral.
Devem-se observar normas que regem o dia-a-dia, tais como:

  • Hierarquia
  • Discrição
  • Responsabilidade profissional
  • Aparência profissional adequada
  • Pontualidade
  • Assiduidade
  • Economia hospitalar
  • Sigilo profissional
  • Respeito a hierarquias
  • Controle com problemas emocionais
  • Etc





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Meu primeiro Post


Olá! Me chamo Adriana Lima e a princípio resolvi  fazer o blog para ajudar meus alunos de Instrumentação Cirúrgica, mas também a todos os profissionais que tenham interesse na instrumentação como residentes, enfermeiros (as) que atuam em centro cirúrgico, profissionais atuantes ou não em instrumentação, curiosos ou quaisquer outros.

Espero que gostem e que seja útil....

Bjs